Título: Direitos humanos, neoconservadorismo e neofascismo
no Brasil contemporâneo.
Autor: Maria Lúcia da S. Barroco.
Este material foi adaptado pelo Laboratório de
Acessibilidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, em conformidade
com a Lei 9.610 de 19/02/1998, não podendo ser reproduzido, modificado e
utilizado com fins comerciais.
Adaptado por: Rafaela França.
Adaptado em: Fevereiro de 2024.
Padrão vigente a partir de março de 2022.
Referência: BARROCO, Maria Lúcia da S. Direitos humanos,
neoconservadorismo e neofascismo no Brasil contemporâneo. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, n. 143, p. 12-21,
jan./abr. 2022.
P. 12
Human rights, neoconservatism and neofascism in
contemporary Brazil
Maria Lúcia da S. Barroco[Nota ª]
https://orcid.org/0000-0003-3165-1634
Resumo: Este texto aborda os
fundamentos do neoconservadorismo e as características do neofascismo para
situar a presença dessas ideologias e modos de ser na sociedade brasileira, no
governo Bolsonaro.
Palavras-chaves:
Neoconservadorismo. Neo-fascismo. Irracionalismo. Direitos humanos.
Abstract: This text addresses the foundations of neoconservatism and the
characteristics of neofascism to situate the presence of these ideologies and
ways of being in Brazilian society, during the Bolsonaro government.
Keywords: Neoconservatism.
Neofascism. Irrationalism. Human rights.
Recebido: 15/9/2021 ■ Aprovado: 21/9/2021
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O mundo contemporâneo vivência
a inserção da direita e da extrema-direita mundiais em funções políticas, seja
em cargos governamentais e parlamentares, seja na direção de partidos políticos
e movimentos sociais. Inscrita no processo de crise estrutural do capital e
desenvolvendo-se sob formas particulares em cada país e conjuntura, essa
rearticulação política tem gestado ideologias que resgatam os ideários fascista
e conservador e se objetivam em novas combinações, a exemplo do neofascismo e
do neoconservadorismo.
O neoconservadorismo consiste
na junção entre os valores do conservadorismo moderno e os princípios do
neoliberalismo. Do conservadorismo clássico, preservam-se a tradição, a
experiência, o preconceito, a ordem, a hierarquia, a autoridade, valorizando-se
as instituições tradicionais, como a igreja e a família patriarcal (Barroco,
2015).
As instituições são concebidas
consolidadas num longo processo de evolução, no qual os valores — formados pelo
hábito — são conservados pela tradição de forma permanente. Nesse sentido, são
valores atemporais. Do neoliberalismo, conservam-se a não interferência do
Estado na economia, o empreendedorismo, a meritocracia, o privatismo, o combate
aos movimentos sociais e aos direitos sociais (Barroco, 2015).
Propostas neofascistas[Nota 1]
encontram ressonância num tempo em que o emprego é escasso e a competição toma
o lugar da solidariedade; em que a barbárie dissemina o ódio e a desumanização;
em que a brutalidade passa a ser virtude política e o irracionalismo apela aos
piores instintos e às reservas de animalidade que brotam no indivíduo, na
sociedade capitalista, como diz o filósofo Lukács (2007).
Combatendo o racionalismo, o
coletivismo, o socialismo e o marxismo, o neoconservadorismo nega a viabilidade
de projetos societários universais, considerando que as promessas de liberdade
e igualdade irrestrita conduzem ao totalitarismo.
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Para que a sociedade funcione
de forma estável, defendem-se a garantia da ordem e o funcionamento das
instituições fundadas na tradição e na autoridade constituída. Assim, a moral
desempenha uma função de destaque na reprodução dos valores e da tradição, seja
na socialização dos indivíduos, pela família, seja na manutenção da ordem
espiritual, pelas religiões.
A extrema-direita mundial está
unida em torno de algumas premissas: o nacionalismo e o patriotismo; o resgate
de tradições; o anticomunismo e o antissemitismo; o racismo e a xenofobia
contra imigrantes e minorias. A vida cotidiana é marcada por uma sociabilidade
cindida entre "nós e eles", com a exaltação da família patriarcal e
de seus valores, como a autoridade do pai; com a defesa da lei e da ordem; o
anti-intelectualismo; a desarticulação do bem-estar público; a exclusão de
grupos sociais minoritários e sua desumanização e/ou extermínio (Barroco,
2013).
A difusão e a legitimação
social do neoconservadorismo de feições fascistas supõem a existência de
condições sociais favoráveis, dadas em momentos de crise social, quando se
acirram as tensões e a luta de classes, e o poder dominante utiliza mecanismos
coercitivos para impor a ordem social (Barroco, 2013).
Segundo Lukács (2007), o
irracionalismo contribui para transferir o enfrentamento dos conflitos para o
campo do imaginário, dissimulando as determinações das contradições sociais, os
seus nexos e mediações, naturalizando as suas consequências, negando a
possibilidade de sua compreensão radical (Barroco, 2013).
Para ele, o fascismo, como
concepção de mundo, é, antes de tudo, o apogeu qualitativo de teorias
irracionalistas no domínio da epistemologia e aristocráticas nos planos social
e moral; teorias que, nas ciências oficial e não oficial, bem como na
divulgação científica e na pseudocientífica e no jornalismo, desempenham um
papel importante há décadas (Lukács, 2007; Barroco, 2013).
Autores como Jason Stanley
(2019) e Umberto Eco (2018) nos ajudam a entender o Brasil, especialmente o
caráter neofascista do atual governo.
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Stanley analisa a era Trump, nos Estados
Unidos, abordando a política do "nós" e "eles" como típica
de regimes fascistas cujas características são, entre outras:
1. Referência
a um passado mítico, valorizado em função da família patriarcal e de seus
valores, como a autoridade do pai;
2. Anti-intelectualismo;
3. Defesa
da lei e da ordem;
4. Desarticulação
do bem-estar público;
5. Ansiedade
sexual;
6. Exclusão
de grupos sociais minoritários e sua desumanização e/ou extermínio precedido de
ataques retóricos;
7. Divisão
da população entre "nós e eles";
8. Nacionalismo.
Umberto Eco analisa os regimes
fascistas na Europa, considerando que existem certas características típicas do
que ele denomina "fascismo eterno". São elas:
1. Culto
à tradição;
2. Recusa
da modernidade: a ilustração e a razão são vistas como princípios de depravação
moderna, podendo definir-se como irracionalismo;
3. O
irracionalismo supõe o culto à ação pela ação, negando a reflexão;
4. Negação
do espírito crítico, pois ele supõe o desacordo. Para o fascismo, desacordo é
traição;
5. Negação
da diferença e da diversidade. Por isso, o fascismo é racista por definição;
6. O
fascismo surge da insatisfação individual ou social; por isso, uma das
características típicas dos fascismos históricos é o chamamento às classes
médias frustradas por alguma crise econômica, assustadas pela pressão dos
grupos sociais subalternos;
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7. O
nacionalismo e a xenofobia;
8. A
negação da paz; a vida é uma guerra permanente;
9. O
elitismo aristocrático e militarista;
10. O
culto a um herói; o culto da morte;
11. A
projeção da vontade de poder a questões sexuais; machismo, intolerância com as
mulheres, com a homossexualidade;
12. Populismo
qualitativo, os indivíduos não têm direitos; o líder se coloca como seu
intérprete.
Robert Paxton (2007)
caracteriza o fascismo salientando: 1) o culto à violência e ao militarismo; 2)
a crença de que a salvação da pátria requer a eliminação dos inimigos internos
por meio da mobilização permanente; 3) o uso da identidade nacional através de
uma concepção agressiva de corpo social.
Observamos que o governo
Bolsonaro reproduz vários supostos do neoconservadorismo, além das
características neofascistas apontadas por Stanley, Eco e Paxton:
1. A
referência a um passado mítico é objetivada pelo governo em função do mito de
que a ditadura empresarial militar não existiu como tal, ou seja, como barbárie
e horror. A criação de mitos, característica do irracionalismo e do fascismo,
visa subjetivar a história, transformando-a em "verdades
individuais", remetendo a outra característica do irracionalismo: o
negacionismo em face da ciência e da história. O negacionismo tem sido o método
de refundação do real, de transformação de fake news em verdades.
2. Segundo
Stanley e Eco, o anti-intelectualismo é uma característica dos regimes
fascistas, expressando também o irracionalismo no desprestígio dado ao
conhecimento acadêmico crítico, à cultura humanista e à educação, de modo
geral;
3. A
defesa da ordem, princípio conservador, tem caráter moral: objetiva-se no
ataque moralista a conquistas dos movimentos de
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mulheres, negros, indígenas e da população
LGBTQI+. O racismo, a homofobia, a transfobia e o preconceito de classe
permeiam todas as ações de Bolsonaro, desde as mais sutis, como beber um copo
de leite em suas lives, aludindo à supremacia branca (Soares, 2020).
4. A
exclusão de grupos sociais em nome da ordem social também está voltada à
perseguição política aos movimentos de esquerda, exclusão que, na fala do Presidente
da República, deveria constituir na extinção. Antes da eleição, Bolsonaro
afirmou que o erro da ditadura foi o de apenas torturar e não matar;
"deveria ter matado pelo menos 30 mil". O gozo com a morte é parte da
teleologia da barbárie (Soares, 2020).
5. A
ansiedade sexual é notória nos pronunciamentos do governo, cuja referência a
situações que envolvem questões de gênero ou de orientação sexual é
sistemática. A adesão a uma moral sexual machista e homofóbica tornou-se
explícita com a divulgação dos mitos que criaram ideologicamente o chamado
"kit gay" e deturparam a discussão de gênero nas escolas. Há uma
obsessão irracionalista de Bolsonaro e de seus seguidores com o que chamam de
"sexualidade precoce" provocada, segundo eles, pelos "comunistas"
nos governos do PT, acusado de pretender perverter as crianças, transformá-las
em homossexuais e jogá-las no inferno das drogas para dominar o mundo (Soares,
2020, p. 40).
6. O
nacionalismo se manifesta na adesão às cores da bandeira brasileira, por parte
dos apoiadores do governo, e nos lemas da campanha: Brasil acima de tudo;
7. A
divisão entre "nós e eles" é evidente na sociedade brasileira, pelo
menos desde as manifestações de 2013 e 2016. Bolsonaro incentiva o ódio ao se
colocar contra o sistema, ou seja, contra as instituições democráticas, contra
a Constituição. Sua performance com a arma na mão envolve uma estética da
morte; o culto a um torturador tratado como herói incentiva o extravasamento do
ódio, funcionando ideologicamente como uma licença para matar. Ao dar aval à
violência,
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Bolsonaro autoriza as manifestações de ódio, os
ressentimentos, os recalques; não é à toa que os crimes de ódio aumentaram de
forma assustadora, especialmente os feminicídios;
8. Segundo
Soares (2020), a apropriação do ódio pelos agentes políticos de extrema-direita
leva a empregarem esse combustível para turbinar seus projetos. Num país onde o
ódio seja o afeto predominante reinará quem o personificar, não tendo lugar
para a diferença, para a tolerância, instaurando uma sociabilidade em que o
outro será o inimigo e as instituições serão levadas a se militarizar;
9. A
desarticulação do bem público ocorre no sucateamento dos direitos sociais e
trabalhistas historicamente conquistados por trabalhadores e movimentos sociais,
pela ofensiva antidemocrática, pela destruição da natureza, aprofundando a
barbárie objetivada pela crise estrutural do capital;
10. O
culto da morte, ao lado do culto da violência e do militarismo, é inerente ao
projeto bolsonarista. Como analisa Soares, a liberação do acesso às armas, a
condecoração de policiais acusados de assassinato, a celebração da brutalidade
letal significam a restauração de um passado perdido com o fim da ditadura
militar empresarial: "Bolsonaro é o messias que traz a salvação para o
macho arquétipo" (Soares, 2020, p. 42).
11. A
crença de que a salvação da pátria requer a eliminação dos inimigos internos
por meio da mobilização permanente é reafirmada pelo governo Bolsonaro e por
seus seguidores em sua constante alusão, e de seus ministros, aos comunistas
que estariam prestes a tomar o poder no Brasil, reforçando a divisão fascista
entre "nós" e "eles".
Dissemos que a defesa da ordem
e da lei é um valor fundamental para os conservadores e neoconservadores.
Historicamente, a ordem é tanto definida em função da "desordem"
política causada pela luta de classes, pelas greves, pela recusa da dominação,
como em termos morais, em função da defesa da família patriarcal, ante as
"desordens" causadas
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por novas formas de relação afetiva, de
orientação sexual, de ruptura com valores tradicionais etc.
No projeto bolsonarista, a
ordem é majoritariamente defendida em termos moralizantes: trata-se de
preservar a supremacia do macho, o casamento monogâmico (com a subordinação da
mulher — dona de casa ao pai de família), a autoridade policial. No entanto,
contradizendo sua perspectiva ultraconservadora, Bolsonaro não defende a
severidade das leis. Para Soares, Bolsonaro não tem nada a ver com a defesa da
lei, pois seu modelo é o miliciano, cuja lógica se assenta no poder
autoconferido que só se deixa guiar por si mesmo, estando incutido em amplos
segmentos das forças policiais. Diz ele:
A história do
Brasil racista e classista tem sido escrita todos os dias, exaltada e
rememorada pela violência policial [...] a prática desses segmentos policiais
tem escrito e reescrito a história na pele, no corpo (e no espírito) dos
escravos, no dorso da sociedade (dorso pobre e negro) (Soares, 2020, p. 56).
Soares analisa a politização
dos policiais e a rotina dos numerosíssimos segmentos infectados pelo
bolsonarismo em todo o país, afirmando que o que os move não é a paixão pela
ordem ou o cumprimento da lei, mas a exaltação tribal da guerra, a iminência da
morte:
Os agentes não
se reconhecem nas instituições, nem nas leis, nem na República, seja como
ideia, seja como valor, e muito menos como prática — o cinismo mais cáustico
prepondera, nenhum respeito à política, aquilo que denominam
"sistema" é rechaçado. Só podem crer em si mesmos, em seus colegas,
em sua missão, tal como a entendem e experimentam: autoatribuída. É o exercício
da força que confere poder aos agentes que só se identificam com o poder
autoconferido, ou seja, aquele que emana da arma, da intimidação, da violência.
A violência contra pobres e negros não é tema lateral; é absolutamente central
para a democracia, pois o poder autoconferido é a lógica da milícia (Soares,
2020, p. 56-57).
P.
20
Por fim, a negação da paz e a
concepção de que a vida é uma guerra permanente, situadas por Eco, são notórias
no modo de ser de Bolsonaro. É Soares que chama a atenção para esse dado,
afirmando que a finalidade do projeto bolsonarista é destruir, o que significa
que alcançada a destruição, o projeto anularia a si mesmo. Logo, a finalidade
não é um objeto, mas uma ação: o verbo destruir. Nesse sentido, diz Soares
(2020, p. 62):
[...] o que
ele quer é o jogo, tanto quanto deseja a extinção do Inimigo e o triunfo total,
irreversível. Os dois objetivos, entretanto, se contradizem, daí o apreço às
crises, sucessiva a artificialmente provocadas, daí a excitação com a tortura e
o júbilo com a morte das vítimas, desde que o depósito de ovelhas sacrificiais
seja sempre abastecido: o prazer infinito é a promessa do gozo inalcançável, a
teleologia da barbárie.
Embora essas características
apontem para uma ideologia neo-conservadora e neofascista e para práticas de
extrema-direita, sua penetração na sociedade atinge setores não necessariamente
articulados com essas tendências, especialmente a ideologia do "nós e
eles". Numa sociedade de raízes racistas fincadas na herança colonial
escravocrata e na cultura patriarcal, esse éthos está inserido na estrutura da
sociedade, reproduzindo-se em níveis diversos na vida cotidiana, inclusive nas
relações de trabalho nas quais atuamos como assistentes sociais.
No entanto, os dados
apresentados configuram uma realidade social que é movida por contradições e
processos de negação. Assim, há resistências e oposições a esse contexto, há
processos de contra-hegemonia em curso na sociedade. É necessário avançar na
organização política das esquerdas e das forças progressistas, na defesa da
vida, da natureza, da democracia e dos direitos humanos. Nesse sentido, a
agenda dos direitos humanos que aponta para as conquistas potencialmente
emancipatórias deve ser apropriada como uma plataforma de resistência ao
retrocesso e de retomada lenta do acúmulo de forças, na direção de uma
sociedade emancipada e livre (Trindade, 2011).
P. 21
Referências
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irracionalismo: elementos para uma crítica da barbárie contemporânea. In: DEL
ROYO, Marcos. Gyorgy Lukács e a emancipação humana. São Paulo: Boitempo, 2013.
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ECO, Umberto. Contra o fascismo. [S. l.]:
Lumen, 2018. E-book.
ESCORSIM NETTO, Leila. O conservadorismo
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KIRK, Russell. The conservative mind: from
Burke to Eliot. Washington: Regnery Publishing, 2001.
LUKÁCS, Gyorgy. A destruição da razão: a
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LUKÁCS, Gyorgy. Concepção aristocrática e
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NETTO, José Paulo. O que é marxismo. São Paulo:
Brasiliense, 2006. (Coleção Primeiros passos).
PACHUKANIS, Evguiéni B. Fascismo. São Paulo:
Boitempo, 2020.
PAXTON. Robert O. A anatomia do fascismo. São
Paulo: Paz e Terra, 2007.
SOARES, Luís Eduardo. Dentro da noite feroz: o
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STANLEY, Jason. Como funciona o fascismo: a
política do "nós" e "eles". Porto Alegre: L&PM, 2019.
TRINDADE, José Damião de Lima. Os direitos
humanos na perspectiva de Marx e Engels: emancipação política e emancipação
humana. São Paulo: Alfa-Ômega, 2011.
Sobre a autora
Maria Lúcia da Silva Barroco - Assistente social,
professora de Ética e Serviço Social, coordenadora do Núcleo de Estudos e
Pesquisa em Ética e Direitos Humanos (NEPEDH). E-mail: barroco.lucia@gmail.com
Este é um artigo de acesso aberto
distribuído nos termos de licença Creative Commons.
Página notas de rodapé
Nota
dispersa *, página 12: Este artigo é produto de palestra proferida no
lançamento do livro Ética, direitos humanos e neoconservadorismo, em 15 de
setembro de 2021, inserida nas comemorações dos 50 anos do Programa de Estudos
Pós-Graduados em Serviço Social da PUC-SP.
Nota dispersa a,
página 12: Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo/SP, Brasil.
Nota
1, página 13: Existe um debate sobre a pertinência do uso do termo
"neofascismo" que não cabe reproduzir neste artigo. Estou seguindo a
orientação de Soares (2020), Stanley (2019) e Eco (2018).