Uma perspectiva sócio-histórica sobre a psicologia e a educação dos surdos

Abstract

O capítulo critica o modelo clínico-terapêutico da surdez, que reduz a educação a métodos oralistas, proibindo línguas de sinais e marginalizando a cultura surda. Esse enfoque, reforçado pelo Congresso de Milão (1880), prioriza a "cura" da surdez, gerando fracasso escolar e crises identitárias. Defende-se uma perspectiva sócio-antropológica, valorizando a Libras e o bilinguismo, que reconhece os surdos como minoria linguística e cultural, promovendo sua autonomia e integração sem apagar sua identidade. A psicologia tradicional, ao patologizar a surdez, ignora a riqueza cultural surda, enquanto a educação inclusiva exige ruptura com preconceitos e adoção de práticas que respeitem a diversidade.